PRÊMIO POESIA E LIBERDADE ALCEU AMOROSO LIMA DE 2018, PELO CONJUNTO DA OBRA, RIO DE JANEIRO.
PRÊMIO DE POESIA GUILHERME DE ALMEIDA DE 2019, PELO CONJUNTO DA OBRAS, SÃO PAULO.
Da Geração 60, Álvaro Alves de Faria é um dos nomes mais significativos da poesia brasileira atual. Jornalista, poeta, escritor e artista plástico. Ciências Sociais. Literatura e Língua Portuguesa. Mestrado em Comunicação Social. Belas Artes. Instituto Nobel-Desenho. Teosofia. Dedica-se a Histórias em Quadrinhos, desenhando seu personagem “Pimtim”, um passarinho poético e melancólico. Dedica-se, também, à ilustração. É autor de mais de 50 livros no Brasil, incluindo poesia, romances, ensaio literário, livros de entrevistas literárias e peças de teatro. Mas é fundamentalmente poeta. Como jornalista cultural, pelo seu trabalho em favor do Livro, recebeu por 2 vezes o Prémio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro, e por 3 vezes o Prémio Especial da APCA – Associação Paulista de Críticos de Arte. Foi distinguido, ao longo dos anos, com os mais importantes prémios literários do país. Sua peça de teatro “Salve-se quem puder que o jardim está pegando fogo” recebeu o Prémio Anchieta para Teatro, um dos mais importantes dos anos 70 no Brasil. A peça, no entanto, foi proibida de encenação e permaneceu censurada até à abertura política, quase ao fim da ditadura. O mesmo ocorreu com seu livro “4 Cantos de Pavor e Alguns poemas desesperados”, proibido de distribuição às livrarias. Foi o iniciador, nos anos 60, dos recitais públicos de poesia em São Paulo, quando lançou o livro “O Sermão do Viaduto”, em pleno Viaduto do Chá, então o cartão-postal da cidade. Com microfone e quatro alto-falantes realizou nove recitais no local e foi detido cinco vezes como subversivo pelo DOPS – Departamento de Ordem Pública e Social. Essa quinta detenção determinou a proibição definitiva do movimento. Por sua militância contra a ditadura voltou a ser preso em 1969, entre outras coisas por desenhar os cartazes do Partido Socialista Brasileiro, então na clandestinidade. Foram 11 meses de prisão, de onde saiu com 49 quilos. Quatro anos depois, na invasão de uma reunião pela polícia da ditadura, foi alvejado com um tiro na cabeça. A bala não pôde ser retirada. Convive com ela até hoje. Dedicou-se por mais de 15 anos à poesia de Portugal, terra de seus pais, onde tem 21 livros publicados – 20 de poesia e 1 novela. Essa trajetória começou quando representou o Brasil no III Encontro Internacional de Poetas na Universidade de Coimbra, em 1998, a convite da ensaísta e professora Graça Capinha, tendo sido, então, o nome mais discutido no evento. Em 2010 foi homenageado na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo pelo Conselho da Comunidade Luso-Brasileira do Estado, então presidida por Antonio de Almeida e Silva, nas comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesa, celebrado em 10 de junho, por sua contribuição à cultura luso-brasileira à qual sempre se dedicou. Em 2019 recebeu homenagem da Câmara Municipal de Anadia, em Portugal, onde nasceu sua mãe que foi a figura central do evento. Foi o poeta homenageado no X Encontro de Poetas Ibero-americanos, em 2007, em Salamanca, Espanha, nesse ano dedicado ao Brasil, convidado pelo poeta peruano-espanhol Alfredo Pérez Alencart, professor na Universidade de Salamanca, quando recebeu o título de “Huésped Distinguido de Salamanca”. Teve publicada, no evento, uma antologia de poemas “Habitación de Olvidos”, com 370 páginas, seleção e tradução de Alfredo Perez Alencart. Tem 8 livros publicados na Espanha, 5 traduzidos pela poeta espanhola Montserrat Villar González e 3 por Alfredo Perez Alencart e Jaqueline Alencart. Um desses livros faz parte da mais importante Coleção de Poesia de Espanha, dirigida pelo poeta Antonio Colinas. Participa de mais de 70 antologias de poesia e contos no Brasil e em vários países. É traduzido para o espanhol, francês, italiano, inglês, japonês, servo-croata e húngaro.
LIVROS DE POESIA DO AUTOR
NO BRASIL:
“Noturno maior”, Portugal Ilustrado, São Paulo, 1963
“Tempo final”, gráfica da Fiesp, São Paulo, 1964
“O sermão do Viaduto”, Editora Brasil, São Paulo, 1965
“4 cantos de pavor e alguns poemas desesperados”, Alfa Ômega, São Paulo, 1973
“Em legítima defesa”, Símbolo, São Paulo, 1978
“Motivos alheios”, Massao Ohno, São Paulo, 1983
“Mulheres do shopping”, Global, São Paulo, 1988
“Lindas mulheres mortas”, Traço, São Paulo, 1990
“O azul irremediável”, Maltese, São Paulo, 1992
“Pequena antologia poética”, Ócios do Ofício, Curitiba, 1996
“Gesto nulo”, Ócios do Ofício, Curitiba, 1998
“Terminal”, Ócios do Ofício, Curitiba, 1999, e RG Editores, São Paulo, 2000
“Vagas Lembranças”, Quaisquer, São Paulo, 2001
“A palavra áspera”, Ibis Libris, Rio de Janeiro, 2002
“A noite, os cavalos”, Escrituras, São Paulo, 2003
“Trajetória Poética” – poesia reunida – Escrituras, São Paulo, 2003
“Bocas vermelhas” – poemas para um recital – RG Editores, São Paulo, 2006
“Babel” – 50 poemas inspirados na escultura Torre de Babel, de
Valdir Rocha, Escrituras, São Paulo, 2007
“Os melhores poemas”, com seleção e organização de Carlos Felipe Moisés,
Global, São Paulo, 2008
“Alma gentil – Raízes” – reunião de sete livros do autor publicados
em Portugal – Escrituras, São Paulo, 2010
“Resíduos – Maio, 1969” – poemas escritos quando esteve preso em 1969
e publicados pela primeira vez somente em 1983, como segunda parte de “Motivos alheios” – RG Editores, São Paulo, 2012
“Domitila” – Poema-romance para a Marquesa de Santos, amante de D. Pedro I –
Nova Alexandria, São Paulo, 2012
“O uso do punhal”, Escrituras, São Paulo, 2013
“Desviver”, Escrituras, São Paulo, 2015
“De Mãos Dadas” (Conjuntamente com a poeta espanhola Montserrat Villar
González), Escrituras, São Paulo, 2017
“Minha mão contém palavras que não escrevo” (Conjuntamente com Thereza
Christina Rocque da Motta), Ibis Libris, Rio de Janeiro, 2017
“O tocador de flauta” – Encontro poético com Alberto Caeiro, O Guardador de
Rebanhos – Editora Patuá, São Paulo, 2018
“Então brilha o silêncio”, escrito com a poeta italiana Stefania Di Leo (tradução Álvaro Alves de Faria), Editora Espelho D´Alma, São Paulo, 2020
“Mulheres de São Petersburgo”, Editora Penalux, Guaratinguetá, São Paulo, 2020
EM PORTUGAL:
“20 poemas quase líricos e algumas canções para Coimbra”, A Mar Arte, Coimbra, 1999
“Poemas portugueses”, Alma Azul, Coimbra, 2002
“Sete anos de pastor”, Palimage, Coimbra, 2005
“A memória do pai”, Palimage, Coimbra, 2006
“As pedras dos Templários” (Nos 800 anos de Idanha-a-Nova), Quasi, juntamente com Ana Luisa Amaral, Fernando Aguiar, Nuno Júdice e Vasco Graça Moura, organização de Graça Capinha, 2006
“Inês”, Palimage), Coimbra, 2007
“Livro de Sophia”, Palimage, Coimbra, 2008
“Este gosto de sal – mar português”, poesia, Temas Originais, Coimbra, 2010
“Cartas de abril para Júlia” (novela), Temas Originais, Coimbra, 2010
“Três sentimentos em Idanha e outros poemas portugueses”, (Temas Originais, Coimbra, 2011
“O tocador de flauta”, Temas Originais, Coimbra, 2012
“Almaflita”, Palimage, Coimbra, 2013
“67 sonetos para uma rainha”, Palimage, Coimbra, 2014
“Desviver”, Palimage, Coimbra, 2015
“À flor da pele”, Temas Originais, Coimbra, 2016
“23 elegias da mão esquerda”, Palimage, Coimbra, 2017
“A duas vozes”, escrito com a poeta portuguesa Leocádia Regalo, Palimage, Coimbra, 2018
“47 poemas femininos”, Palimage, Coimbra, 2019
NA ESPANHA:
“Habitación de olvidos” – Antologia poética de 370 páginas – Fundación
Salamanca Ciudad de Cultura, seleção e tradução do poeta peruano-espanhol,
Afredo Perez Alecart, da Universidade de Salamanca, 2007
“Alma afligida”, Trilce Ediciones, Salamanca, tradução de Alfredo Pérez
Alencart, 2013
“Cartas de abril para Julia”, (novela), Trilce Ediciones, Salamanca, tradução de Montserrat Villar González, 2013
“Motivos ajenos – Resíduos”, Ediciones Linteo, tradução de Montserrat
Villar González, Coleção “Linteo Poesia”, dirigida pelo poeta Antonio
Colinas, 2015
“Desvivir”, Tau Editores, Cáceres, tradução de Montserrat Villar González,
2016.
“Com dos almas por palavra” (Conjuntamente com a poeta Montserrat Villar
González, também tradutora da obra) – If Ediciones (Salamanca), 2017
“A dos voces”, escrito com a poeta portuguesa Leocádia Regalo, Trilce Ediciones, Salamanca, tradução de Alfredo Perez Alencart e Jaqueline Alecart, 2018